Com uma seca que atinge 100% do seu território, o Rio Grande do Norte tem 69 municípios em rodízio no abastecimento de água e dois em colapso, de acordo com a Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Caern).
O número representa quase metade do total de 152 cidades abastecidas pela empresa. De acordo com o superintendente de Operação e Manutenção da Caern, Ricardo Barros, o problema é causado principalmente pela falta de chuvas. A situação atinge principalmente as cidades do interior do estado.
“Essa situação está bem relacionada com a frustração no índice de precipitação recente, do último período chuvoso”, disse Ricardo Barros, superintendente de Operação e Manutenção da Caern.
De acordo com ele, o esquema de rodízio funciona com a oferta e paralisação do abastecimento em dias e horários definidos, mas que mudam de acordo com cada realidade. Já o colapso ocorre quando a companhia não tem mais condições de ofertar água para determinada localidade. De acordo com o superintendente, atualmente, as cidades em colapso são Paraná e parte de Serra do Mel.
No caso de colapso, a população passa a ser atendida por carros-pipa e pela Defesa Civil. Paraná está em situação de colapso há cerca de 8 anos. De acordo com o superintendente, uma obra de mais de R$ 1 milhão, realizada pela Caern, busca resolver a situação do município até o fim do ano. Porém, ele alerta que a seca também é preocupante para outros municípios. “Se nos próximos 40 dias se não ocorrer uma chuva para abastecer o açude de Cruzeta, o município também vai entrar em colapso”, alertou.
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