O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender a aprovação da PEC dos Precatórios e mostrou apreensão na tramitação do projeto no Senado. Disse que o “parcelamento [das dívidas da União] não é calote”. “Passou na Câmara no 1º turno e acho que passa no 2º, mas vamos ter problemas no Senado”, afirmou. A declaração foi feita em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan Curitiba, Cascavel e Ponta Grossa, hoje.
A PEC é a principal aposta do governo federal para viabilizar o Auxílio Brasil no valor de R$ 400. O programa irá substituir o Bolsa Família. A aprovação do texto no Senado pode ser atrapalhada por uma decisão da ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal). Na última sexta-feira, a magistrada suspendeu o pagamento das emendas de relator. A liminar será submetida ao plenário virtual do Supremo amanhã, para que os demais ministros referendem ou não a decisão.
“A medida do Supremo tem um caráter mais político do que econômico”, disse o presidente. “Há um excesso de interferência do Judiciário no Executivo. Isso não é, no meu entender, o papel do Supremo. Quem quer ser presidente da República, quem quer decidir, que se candidate”, disse. O chefe do Executivo está em Castro, na região de Ponta Grossa, a 157 km da capital Curitiba. Na sexta, a presidência da República promoveu o evento “Anúncios do Governo Federal ao Estado do Paraná”. Nele, Bolsonaro apresentou projetos realizados pelo governo federal no Estado.
À Jovem Pan, o presidente disse que foi ao Paraná para entregar obras. “Nós priorizamos concluir obras, coisa que sempre ficou esquecida pelo Brasil”.
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