O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação para apurar irregularidades na organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Inep.
O procedimento foi aberto após pedido de deputados da oposição que se reuniram com a presidente da corte, Ana Arraes, na última terça-feira. A prova está marcada para o próximo domingo (21).
Oficialmente, a apuração será sobre “possíveis irregularidades na organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, especialmente acerca de fragilidade técnica e administrativa relacionadas às interferências na gestão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)”.
A corte também deverá abrir uma outra investigação para atender um pedido semelhante do senado. Essas apurações ocorrerão concomitantemente às que o Congresso realizará. Nesta quinta-feira, tanto Câmara quanto o Senado formaram grupos de trabalho para a apurar as denúncias de possíveis irregularidades e interferências do governo no Enem após a demissão de 37 servidores do órgão.
“A Câmara constituiu um grupo de trabalho e o Senado outro. A ideia é que eles trabalhem como se fossem uma comissão mista para avaliar as verdadeiras razões das demissões e ir a fundo e saber por que 37 servidores estáveis e concursados pediram exoneração em conjunto. A gente antevê que algo muito grave aconteceu”, disse à CNN o presidente da Comissão de Educação do Senado, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Segundo ele, os grupos devem chamar os servidores exonerados para prestar depoimentos que esclareçam se, de fato, o que parte deles alega – que houve intromissão no governo na elaboração das questões – ocorreu.
Pelo Senado, quem irá coordenar os trabalhos é o senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal. Na Câmara, ficará com a deputada Rosa Neide do PT do Mato Grosso.
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