A 46ª semana epidemiológica deste ano registrou o menor número de casos e óbitos provocados pela Covid-19 em 19 meses. No período, que contempla os dias 14 a 20 de novembro, foram computadas 1.365 mortes causadas pela doença. O índice é o mais baixo desde os dias 12 a 18 de abril de 2020, quando o coronavírus vitimou 1.223 pessoas.

O cenário também demonstra melhora em relação aos casos notificados, já que a última semana apresentou os números mais baixos em 1 ano e meio. De 14 a 20 de novembro, houve 58.312 novas infecções pela doença, o que corresponde à menor taxa desde a semana de 26 de abril a 2 de maio de 2020, quando o total de casos decorrentes da Covid-19 foi de 37.887.

Para Julival Ribeiro, médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o término do ciclo vacinal da população, aliado às doses de reforço, vem demonstrando que a vacina é a melhor forma de combater a pandemia, sobretudo quando associada a outras medidas de proteção.

“O que estamos observando, nas últimas semanas, são dados positivos: número de casos novos caindo, número de mortes caindo, e número de hospitalizações também caindo. Isso se deve à vacina, a melhor estratégia que temos, associada às medidas preventivas, como o uso de máscaras”, afirma Ribeiro.

Apesar dos bons números, especialistas pedem atenção para o que chamam de retirada “precoce” de medidas restritivas contra a infecção pelo vírus. O anúncio de festividades, como comemorações de Ano-Novo e Carnaval, também preocupa, devido a aglomerações que viabilizam a transmissão do vírus.

“É preocupante a decisão de amenizar as medidas, pois, como vemos na Europa, essa decisão tem que ser tomada com cautela e testagem. Para que o que está acontecendo lá não ocorra aqui”, explica Julival, em alusão à quarta onda da pandemia que o continente sofre.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta, recorrentemente, sobre a situação da Europa. Na segunda-feira (22/11), durante a conferência de abertura do Congresso Brasileiro de Epidemiologia, uma das diretoras da entidade, Mariângela Simão, afirmou que o mundo está entrando em uma quarta onda da Covid-19.

Metrópoles

 

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