Por Houldine Nascimento
Vencedor das prévias tucanas, o governador João Doria (SP) foi o responsável por encerrar a coletiva do PSDB. Ele iniciou o discurso acenando para o governador Eduardo Leite (RS), seu principal adversário no pleito.
“Nestas prévias, não há nenhum derrotado. Nestas prévias, todos são vitoriosos. Eduardo, Arthur [Virgílio], Bruno [Araújo], o PSDB, a democracia e o Brasil”, discursou. Doria também disse que Eduardo Leite e Arthur Virgílio são seus “amigos”.
No púlpito, o presidenciável do PSDB falou em “democracia” e lembrou que o seu pai, o ex-deputado João Agripino, foi um exilado político durante a ditadura. Com um discurso já de campanha e que durou 15 minutos, Doria criticou o PT e os ex-presidentes Lula e Dilma, associando-os a esquemas de corrupção.
“Os governos Lula e Dilma representaram a captura do Estado no maior esquema de corrupção do qual se tem notícia no país. Eu não esqueço isso. E Lula, se prepare nos debates porque eu vou cobrar isso de você e daqueles que, como você, roubaram dinheiro público do Brasil”, disparou.
“Os brasileiros não esquecem o que aconteceu no Brasil durante seu governo. A moralidade convertida em roubalheira. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá o direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público. Os fins não justificam os meios”, continuou. Doria disse, ainda, que Dilma fez uma “péssima gestão da economia”, deixando “recessão e desemprego”.
O governador paulista também atacou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao dizer que o chefe do Executivo “vendeu um sonho e entregou um pesadelo”. “Nosso Brasil se transformou no Brasil da discórdia, da desunião, do conflito, da briga entre familiares e amigos, da arrogância política, da violência contra a imprensa, jornalistas e intelectuais”, sentenciou.
Doria declarou que “o desempregou tomou conta do Brasil”, sublinhou o crescimento da inflação e da pobreza. “A fome atinge 30 milhões de brasileiros, a renda diminuiu e as reformas não avançaram”, acusou. O tucano também afirmou que “o tempo da corrupção, da incompetência e do negacionismo precisa ficar para trás”, discursando sobre reconstrução.
“O novo Brasil que desejamos terá respeito internacional. Nós perdemos esse respeito. O Brasil virou um pária internacional. Nós vamos resgatar para que o Brasil possa voltar a ser um país respeitado, primeiro pelos brasileiros e também por outras nações”, continuou. O presidênciável do PSDB falou, ainda, sobre a necessidade de conter o desmatamento, em privatizações e “respeito às instituições”.
João Doria obteve 53,99% dos votos nas prévias do PSDB.
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