Depois de um rompimento ruidoso, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido) voltaram a se aproximar como efeito colateral da filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL. As consequências para o tabuleiro de alianças locais já tiveram início e devem afetar inicialmente os acordos na Bahia e no Rio de Janeiro. As informações são do blog do Camarotti.

Secretário-geral do novo partido União Brasil, ACM Neto, se irritou com a possibilidade de perder o apoio do PL à sua candidatura ao governo estadual. O objetivo de Bolsonaro é que o partido apoie o atual ministro da Cidadania, João Roma, do Republicanos. Roma já foi chefe de gabinete de ACM Neto, que se dizia contrário ao ingresso dele no governo. Desde a confirmação da indicação, os dois estão rompidos.

ACM Neto tem sinalizado a interlocutores que não deixará sem resposta o movimento de retirada de apoio do PL na Bahia. O revide deve ser a retirada do apoio do União Brasil à candidatura à do atual governador Cláudio Castro, do PL, no Rio de Janeiro.

Há algumas semanas, ACM Neto voltou a se aproximar do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Os dois tomaram um café da manhã e têm mantido contatos frequentes por telefone.

Maia foi expulso do extinto DEM (que se converteu no União Brasil, em fusão com o PSL) depois de trocar ofensas com ACM Neto e culpá-lo pela derrota do candidato que apoiava à presidência da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB -SP).

Agora, a ideia cogitada por ACM Neto é filiar Rodrigo Maia ao União Brasil e entregar a ele o comando do diretório do partido no Rio. Assim, Maia poderia lançar um nome alternativo ao governo a fim de se contrapor Cláudio Castro e ao PL no estado.

 

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