O veto do presidente Bolsonaro (PL) ao ex-deputado federal Alexandre Baldy (PP) para ocupar a vaga de articulação política no ministério da Economia irritou os principais aliados presidente no Congresso, que avisaram ao Planalto nos últimos dias para não interferir em disputas locais em 2022. As informações são do blog da Andréia Sadi.
Baldy foi escolhido por Paulo Guedes para ocupar a vaga de articulação política do Ministério da Economia. Apesar de uma escolha do ministro, o nome de Baldy agradou aos líderes do centrão, especialmente a Ciro Nogueira (PP-PI) e Arthur Lira (PP-AL), colegas de partido do ex-deputado, que também foi ex-assessor de João Doria (PSDB).
No entanto, Bolsonaro vetou o nome de Baldy no final de semana após o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO) reclamar. Vitor Hugo, que já foi líder do governo na Câmara e é um dos principais aliados de Bolsonaro, quer sair ao Senado por Goiás em 2022. Ocorre que Baldy também é candidato – pelo PP, partido de Lira e Ciro Nogueira, ambos aliados de Bolsonaro também. Na visão de Vitor Hugo, Baldy ocupar um cargo dessa importância poderia fortalecer e turbinar a campanha do adversário.
Bolsonaro priorizou o aliado “raiz” e irritou líderes do centrão. Ao blog, caciques de diferentes partidos aliados afirmaram que se o governo passar a repetir a interferência “pontualmente” em disputas regionais – como ocorreu no caso entre Baldy e Vitor Hugo – pode ver esvaziar o apoio de palanques estaduais à sua reeleição, além de comprometer o apoio dos partidos no próprio Congresso.
Fonte: Blog do Magno
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