A tabela do Imposto de Renda – que define as faixas de isenção e os limites de renda para alíquotas menores – completa em 2022 sete anos de congelamento. Até esta quinta-feira (6), o governo federal não sinalizou disposição de atualizar os valores. Segundo a CNN Brasil, a tabela tem defasagem de 130%, considerando ajustes não concedidos ou dados abaixo da inflação desde 1996.
A última revisão aconteceu em abril de 2015, no segundo governo de Dilma Rousseff (PT). Desde aquela data, a faixa de isenção está fixada em R$ 1.903,98: todas as pessoas que ganham até este valor em um mês não pagam imposto. Naquele ano, o recorte para a isenção equivalia a 2,4 vezes o salário mínimo.
Em 2022, quem receber 1,6 o valor do salário mínimo (R$ 1.212) já cairá na primeira faixa de cobrança, em que há um desconto de 7,5% de IR sobre o salário na fonte. Se, desde 2015, a tabela do imposto de renda tivesse acompanhado a inflação, que acumulou 44% de lá para cá, estariam livres de pagar o imposto todos os trabalhadores que ganham até R$ 2.744,31, de acordo com cálculos feitos pela Confirp Consultoria Contábil.
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