O Poder
Deputados e senadores pediram ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que, em função das chuvas em vários Estados, seja instituída uma comissão parlamentar em caráter emergencial para visitar os locais mais atingidos e monitorar a situação, principalmente na Bahia, Tocantins e Minas Gerais. Mais que isso, eles defendem que o trabalho tenha continuidade com a reabertura do Congresso, em fevereiro.
“A ideia é atuar nos moldes da comissão da Covid (que continua ativa e funcionou em paralelo à CPI)”, explicou o senador Otto Alencar (PSD-BA). Por meio desse grupo, eles realizarão audiências com especialistas e autoridades para apurar os principais fatores e problemas que levaram a tais desastres naturais. “Isso nos ajudará a elaborar ou atualizar políticas públicas”, explicou.
Alencar, Pacheco e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) solicitaram dados ao Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, vinculado ao Executivo Federal. Segundo esse levantamento, as chuvas e o quadro de devastação observado de dezembro até agora não pode ser explicado apenas pelo volume incomum das precipitações. Passa também por déficits em questões urbanísticas, ambientais e pela falta de planejamento. “Ruas alagadas, casas em escombros, pontes e tubulações destruídas e pessoas sem abrigo, água potável e comida são também o resultado da ocupação desordenada dos espaços urbanos e da transformação de áreas periféricas a qualquer custo”, alertou o técnico Eduardo Medeiros.
Para se ter ideia, conforme já apurado pelo grupo, em 2020, (porque dados de 2021 ainda estão sendo computados) as chuvas intensas levaram o país a prejuízos de R$ 10,1, bilhões. Só o setor de habitação perdeu R$ 8,5 bilhões com a destruição ou danos de moradias. Os prejuízos em obras públicas com maior impacto negativo foram em bueiros, calçadas e asfaltamentos (R$ 2,4 bilhões). Também foram observadas perdas de R$ 591,8 milhões no Agronegócio, dentre outros segmentos.
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