Os analistas do mercado financeiro elevaram pela segunda semana seguida a estimativa de inflação para 2022. De acordo com o BC, a projeção dos analistas para a inflação deste ano subiu de 5,09% para 5,15%.

A informação consta do relatório “Focus”, divulgado hoje pelo Banco Central (BC). Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Se confirmada a previsão, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou, em carta aberta, que a alta nos preços de commodities (produtos básicos, como alimentos e petróleo), da energia e falta de insumos levaram país a superar a meta.

Em 2022, a meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Com a nova alta, a previsão do mercado se distancia mais do teto da meta. O objetivo foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic.

Para 2023, o mercado financeiro manteve em 3,40% a estimativa de inflação. Para o próximo ano, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

 

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