A Advocacia-Geral da União pediu para que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes peça à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma investigação para apurar o vazamento da informação de que o ele tinha dado prazo até esta sexta (28) para o presidente Jair Bolsonaro (PL) depor à Polícia Federal. As informações são da coluna Painel, da Folha.

Para a AGU, o “ocorrido repercute em constrangimentos” a Bolsonaro e tem “potencial de repercussão negativa em face da reputação do agente público, de sua imagem, ou seja, em esfera extrajurídica, sendo possível até mesmo cogitar efeitos deletérios na dimensão de seus direitos de cidadania”.

Ainda segundo Painel, a AGU usa o argumento do vazamento para justificar a mudança de posição de Bolsonaro, que em dezembro de 2021 pediu 60 dias de prazo para depor, mas que na última quarta (26) informou ao STF não ter interesse em prestar depoimento.

No entanto, sem o interesse de Bolsonaro de agendar sua oitiva, Moraes decidiu determinar para essa sexta o depoimento do presidente na sede da PF no Distrito Federal.

“Não tendo o presidente da República indicado local, dia e horário para a realização de seu interrogatório no prazo fixado de 60 (sessenta) dias, DETERMINO SUA INTIMAÇÃO, por intermédio da AGU, para que compareça no dia 28/1/2022, às 14h00, PARA PRESTAR DEPOIMENTO PESSOAL, na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal (SR/PF/DF), localizada no SAIS, quadra 7, lote 23, Setor Policial Sul, Brasília/DF”, determinou o magistrado.

Estadão Conteúdo

 

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