Em um jantar, nesta semana, com parte da bancada do PSD numa residência do Lago Sul, em Brasília, o presidente da legenda, Gilberto Kassab, foi direto em relação ao futuro do partido na disputa ao Palácio do Planalto. “Estamos aguardando o Rodrigo Pacheco. Enquanto ele não der sim ou não, permanece o convite feito para ele ser o nosso candidato”.
A fala foi interpretada pelos parlamentares presentes como um roteiro que será seguido até março. Todos queriam saber sobre a articulação para filiar o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) ao partido para a disputa da sucessão presidencial. Em conversas reservadas, Kassab tem dito que não vai atropelar Rodrigo Pacheco e que o partido vai esperar o “tempo” do presidente do Congresso.
Pacheco tem refletido com aliados sobre o seu futuro político. A percepção é que ele tem mais a perder do que os demais pré-candidatos da chamada terceira via, pois pode colocar em risco a sua reeleição ao comando do Senado.
Ao mesmo tempo, Pacheco tem ressaltado a correção de Kassab na condução da articulação desde que se filiou ao PSD no final do ano passado. Mas também sabe que precisa anunciar uma decisão até meados de março, para dar ao partido tempo de buscar um plano B – no caso, a filiação de Eduardo Leite. Até lá, a ordem de Kassab é de reforçar a construção dos palanques estaduais do PSD.
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