A expectativa sobre quem será o candidato que poderá unir a maior parte da oposição ao Governo do Estado segue. Porém, para o ex-vice-governador e ex-deputado estadual Fábio Dantas (Solidariedade), o ideal é que o nome do candidato só seja confirmado em julho. Caso contrário, no entendimento dele, “a derrota é certa”.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal (93,5 FM), Fábio Dantas falou sobre a disputa eleitoral no Rio Grande do Norte. Segundo ele, o melhor nome para a disputa seria o do prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), mas que, com a negativa do gestor, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), seria o nome capaz de unir a oposição e vencer a governadora Fátima Bezerra.

Com a indefinição se Ezequiel Ferreira aceitará a disputa, Fábio Dantas criticou a busca pela confirmação do candidato neste momento.

O ex-vice-governador acredita que é preciso focar em outras ações, principalmente em expor as falhas que, de acordo com ele, existem no Governo do Estado. “Não precisamos de um nome. Precisamos primeiro de um projeto e mostrar a verdade na comunicação do estado”, disse Fábio Dantas.

De acordo com Dantas, “99% dos prefeitos não querem continuar com esse governo” e estão com dificuldades em realizar obras nos municípios devido à falta de apoio do Poder Executivo estadual. O ex-vice-governador também afirmou que Fátima Bezerra tem 50% de desaprovação, mas que não se expõe a realidade do Governo. “Ela anunciou três vezes a recuperação das mesmas estradas. Convivendo com a esquerda, vi eles entendem que bater a foto é mais importante do que a ação. A retórica deles é muito forte”, disse.

Apesar da eleição, no entendimento dele, ter o direcionamento para uma vitória da oposição, Fábio Dantas argumenta que a falta de um candidato que tenha “recall” dificulta a indicação neste momento. Mais do que isso, o político afirma que o nome que for lançado neste momento pela oposição passará por um processo de “fritura”. Por isso, Dantas defende que o candidato seja lançado somente nas convenções.

“Eu defendo que se o candidato sair antes de julho é derrota certa. Tem que sair depois de julho. As pessoas vão olhar um para o outro e dizer: a gente vai engolir Fátima por mais quatro anos? E o candidato chega como salvador da pátria”, disse Fábio Dantas, que admitiu que aceitaria ser o candidato caso seja a decisão do grupo.

Fonte: Tribuna do Norte

 

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