A economia brasileira avançou 4,6% em 2021, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (4), superando as perdas do ano anterior, primeiro da pandemia do coronavírus, quando a economia contraiu 3,9%.
No quarto trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto), teve avanço de 0,5%. O resultado anual veio em linha com a expectativa de analistas. Em relação ao dado do trimestre, o mercado esperava alta de 0,1% de outubro a dezembro em relação aos três meses imediatamente anteriores. Vale ressaltar que o resultado do quarto trimestre teve alta de 0,5% em relação ao mesmo período de 2019, antes da pandemia afetar a atividade. O dado positivo do quarto trimestre mostra uma melhora em relação aos trimestres anteriores, quando o Brasil entrou na chamada recessão técnica, caracterizada por duas quedas consecutivas do PIB.
Já o PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior, quando caiu 4,6%.
Setores
Os dados do IBGE mostram que setor de serviços conseguiu engatar recuperação no último trimestre do ano, acumulando alta de 4,7% em 2021. Já a indústria registrou crescimento de 4,5%. Juntos os dois setores representam 90% do PIB do país. A agropecuária recuou 0,2% no ano passado. O IBGE destaca que todas as atividades que compõem o setor de serviços tiveram avanço em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%).
Na indústria, o destaque positivo foi o desempenho da construção que, após cair 6,3% em 2020, subiu 9,7% em 2021. “Tal expansão foi corroborada pelo aumento da ocupação na atividade”, diz o instituto. Já a agropecuária, que havia crescido em 2020, recuou 0,2% em 2021, em decorrência da estiagem prolongada e de geadas, diz o IBGE.
Consumo das famílias
Após ter recuado 5,4% e 4,5% nos dois anos anteriores, respectivamente, o consumo das famílias avançou 3,6% em 2021. O do governo, 2,0%. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) avançaram 17,2%, favorecidos pela construção, que no ano anterior teve uma queda, e pela produção interna de bens de capital. A taxa de investimento subiu de 16,6% para 19,2% em um ano.
Já a balança de bens e serviços registrou alta de 12,4% nas importações e de 5,8% nas exportações após recuo em 2020 de 9,8% e 1,8%, respectivamente. O estudo destaca entre os produtos exportados extração de petróleo e gás natural; metalurgia; veículos automotores; e produtos de metal.
CNN Brasil
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