O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (16), alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros. Assim, a Selic passa de 10,75% ao ano (a.a.) para 11,75% a.a.. Esse foi o nono avanço consecutivo da Selic, que permaneceu no menor patamar histórico de 2% a.a. entre agosto de 2020 e março de 2021. É o maior patamar da taxa desde fevereiro de 2017.
Com a decisão, em linha ao que era esperado pelo mercado, o Copom dá continuidade a um ciclo de altas que se iniciou em março de 2021 para combater a inflação no país, que fechou 2021 em 10,06%.
Com a alta dos preços de combustíveis, o mercado já admite que a inflação tende a cair menos do que esperado no acumulado de 12 meses até março. No acumulado em 12 meses até fevereiro, é esperado que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, continue em torno dos 10%.
No ano passado, a meta inflacionária de 3,75% – podendo chegar até 5,25% – não foi cumprida. O movimento de alta dos juros direciona esforços para evitar que o mesmo se repita, buscando trazer a inflação para dentro das metas de 2022 e, principalmente, de 2023, que são de 3,5% e de 3,25% ao ano, respectivamente, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para este ano, a meta é de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, podendo oscilar entre 2,25% e 5,25%. No ano que vem, o centro da meta é de 3,5%, com a mesma margem (2% e 5%).
A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para perseguir a meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).Uma taxa de juros mais alta, no entanto, pode retardar a recuperação da atividade econômica.
CNN Brasil
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