O governo anunciou nesta segunda-feira que decidiu zerar, até o fim deste ano, o imposto de importação sobre o café, a margarina, o queijo, o macarrão, o óleo de soja e o açúcar. Também foi zerado o imposto de importação do etanol. O objetivo é ajudar na queda da inflação, cujo índice acumulado em 12 meses ultrapassa 10%.
A redução do imposto sobre o etanol ajudará na queda do preço da gasolina, já que o combustível vendido no posto precisa estar misturado com o produto. De acordo com o Ministério da Economia, esses produtos estão entre os que mais pesam na definição dos índices de preços.
O governo federal também anunciou que vai reduzir em 10% o imposto de importação sobre produtos como celulares, computadores e máquinas usadas em indústrias, conhecidas como bens de capital. A medida tem o objetivo de baratear a compra de equipamentos usados pelo setor produtivo e também diminuir o preço de itens importados, comprados pelos consumidores comuns no país. Com isso, o corte de tarifas de importação de bens de capital, tecnologia e informação (BIT-BK) e bens de consumo chegará a 20%.
O governo tem acumulado recordes de arrecadação, movimento puxado pela alta da inflação e também pela recuperação econômica. A arrecadação federal em janeiro, por exemplo, somou R$ 235 bilhões, um aumento real (já descontada a inflação) de 18,30% em relação ao mesmo período de 2021.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem afirmado que prefere transformar esse aumento de arrecadação em corte de impostos. Para ele, essa saída é melhor do que aumentar gastos, como reajustes salariais de servidores — medida que tem sido adotada em praticamente todos os estados da Federação, como mostrou o GLOBO nesta segunda-feira.
O governo já cortou em 25% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que incide sobre a produção nacional. Guedes tem falado também que quer fazer movimentos simultâneos de redução de impostos, cortando alíquotas de produtos nacionais e importados em momentos próximos.
Exame
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