A chamada janela partidária deste ano permitiu o maior número de migrações entre partidos da história do Congresso Nacional em uma mesma legislatura. Ao menos 135 congressistas aproveitaram o período de troca-troca. O número representa 26,3% dos 513 deputados.

A regra, criada em 2015 pelos políticos em benefício próprio, permite que deputados federais, estaduais e distritais mudem de partido sem sofrerem consequências legais. A manobra foi criada para driblar a proibição de mudança sem justificativa. O prazo foi aberto em 3 de março e se encerrou na 6ª feira (1º.abr.2022).

Caso um congressista saia do seu partido fora desta janela, ele perde o mandato, que pertence à legenda. A permissão para a troca durante a janela, no entanto, burla o desejo dos eleitores, já que eles votaram em um candidato considerando seu partido no momento das eleições.

No total, 83 deputados oficializaram as mudanças junto à Câmara dos Deputados. Os demais ainda poderão avisar a Casa e a Justiça Eleitoral nos próximos dias. Não há prazo para isso. O Poder360 considerou no levantamento informações oficiais da Câmara, dos partidos e de divulgação em canais oficiais dos congressistas.

Os partidos do Centrão foram os maiores beneficiados com a janela. Já o União Brasil, fruto da fusão entre o PSL e o DEM, minguou. Na prática, perdeu mais do que o equivalente ao tamanho que o DEM tinha antes da junção. O PDT e o PSB foram os partidos de esquerda que mais tiveram perdas.

 

 

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