A expectativa que o governo e o Centrão têm sobre Caio Paes de Andrade é alta. É muito mais do que apenas não reajustar o preço dos combustíveis até 30 de outubro, dia em que o brasileiro votará para presidente da República no segundo turno. As informações são do colunista Lauro Jardim, do O Globo.
O que essa turma espera do novo presidente da Petrobras é uma fórmula que faça o preço dos combustíveis diminuir nos postos, assim como o gás de cozinha nos revendedores. E num prazo rápido, pois faltam três meses para a eleição, Jair Bolsonaro está em segundo lugar nas pesquisas e a população precisa perceber logo uma queda nos preços.
Essa é a “nova dinâmica” que Bolsonaro aguarda. Era esse o sentido de sua declaração dada ontem, embora não tenha descido a detalhes (“Pode ter certeza, hoje o Caio está tomando posse lá na Petrobras, teremos uma nova dinâmica também na questão dos combustíveis no Brasil”).
Empurrar um eventual reajuste com a barriga é mais fácil, embora não seja tão simples assim: se o preço do barril de petróleo explodir e não baixar por semanas, Paes de Andrade será pressionado de todos os lados para seguir a política de paridade de preços internacionais, que, afinal, continua vigorando na Petrobras apesar do mau humor do governo e do Centrão.
De qualquer forma, essa parte do que deseja o governo é factível. Já baixar o preço na bomba é uma mágica que, se existe, ninguém na equipe econômica consegue explicar como seria.
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