A Lenovo anuncia a construção de um novo centro de pesquisa e desenvolvimento voltado ao estudo da conexão 5G em parceria com o Instituto Metrópole Digital (IMD), no Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque), dentro do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. O espaço, para o qual a Lenovo aplicará R$ 60 milhões, abrigará o quarto centro de pesquisas em 5G da companhia no mundo – os outros estão localizados na China, Estados Unidos e França – e deve ficar pronto em aproximadamente 18 meses.
Além da estrutura física de cerca 8,6 mil m² no terreno destinado ao Metrópole Parque e aquisição de equipamentos, a assinatura do contrato prevê, ainda, a execução de dois projetos que visam estudar maneiras de otimizar o uso de redes de 5G, contando com a produção de conhecimento e a criação de softwares capazes de controlar e gerenciar dois aspectos fundamentais desse tipo ecossistema: as redes de núcleo e as redes de rádio.
“A Lenovo está investindo cerca de R$ 60 milhões na construção de um centro de pesquisa em 5G com o objetivo de fortalecer o ecossistema e suportar o desenvolvimento de tecnologias a serem aplicadas nas mais variadas verticais da indústria”, afirma Hildebrando Lima, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Lenovo no Brasil. “Temos a missão de levar a tecnologia mais inteligente a todas as pessoas, e fazemos isso por meio do fornecimento de soluções inovadoras que só podem ser concebidas com investimento em pesquisa e desenvolvimento”, completa o executivo.
Para o Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) esse investimento representa o início de um importante crescimento de seu ecossistema de inovação, uma vez que essa será a primeira empresa global a se instalar no local. “Trata-se de uma ação de suma importância para o nosso Parque. A vinda de uma empresa como a Lenovo reforçará bastante a nossa imagem e abrirá um leque de oportunidades”, destaca Rodrigo Romão, diretor do Metrópole Parque.
“Formamos desde alunos do ensino fundamental maior até pós-graduandos. Temos uma infraestrutura com datacenter e grandes laboratórios. Nosso parque tecnológico conta com uma incubadora de bastante sucesso, que já graduou 15 empresas, uma delas a maior empresa de TI do estado, e temos também uma importante diretoria de projetos. Tudo isso contribuiu para que o IMD ganhasse a credibilidade e atraísse essa importante iniciativa com a Lenovo”, avalia Ivonildo Rêgo professor e diretor geral do IMD.
Tecnologia inteligente e inovação
As expectativas para a condução das pesquisas em 5G despertam interesse não apenas para a comunidade acadêmica como também para a sociedade local, cujo acesso à internet 5G deverá ser disponibilizado a partir de agosto, conforme previsão do Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Este será o primeiro centro de pesquisa 5G da companhia no país. “O Brasil tem um enorme potencial para alavancarmos diversas possibilidades com o 5G. Não apenas para aumentar a conectividade da população, como para desenvolver soluções tecnológicas inéditas em setores como cidades inteligentes, educação, telemedicina, varejo, entre outros”, destaca Lima. Uma pesquisa* realizada este ano pela consultoria IDC diz que, nos próximos 12 meses, 22% dos brasileiros pretendem adotar planos de dados 5G e 42% acreditam que o 5G vai “transformar totalmente a forma como acessam a internet.”
Por outro lado, há um terreno fértil a ser explorado pelos brasileiros. Um outro estudo** recente do IDC demonstra que a falta de entendimento sobre o real potencial do 5G pode gerar uma grande limitação às companhias no que se refere à evolução digital no Brasil. Segundo os dados levantados até o momento, mais de 80% das empresas brasileiras vislumbram somente oportunidades de conectividade, que é uma pequena parte do poder transformacional do 5G.
“A implementação do 5G pode ajudar a reduzir despesas operacionais trazendo maior automação de processos, reduzir latência na comunicação entre dispositivos, e assim melhorar a experiência do usuário, aprimorar a confiabilidade das informações e trazer mais inovação nos serviços, e novas pesquisas são necessárias para explorar o potencial desse ecossistema”, explica Hildebrando Lima.
Pesquisa e desenvolvimento como motor da inovação
A Lenovo apresentou recentemente sua visão ousada para este ano fiscal, que inclui a contratação de 12 mil profissionais de P&D em todo o mundo nos próximos três anos como parte de seu compromisso de dobrar o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento.
No último ano fiscal, o investimento global em P&D cresceu 43% ano a ano, atingindo um recorde histórico superior a US$ 2 bilhões. O número de funcionários em P&D cresceu 48% em comparação ao ano anterior, ultrapassando 15 mil, com um em cada cinco funcionários da companhia trabalhando agora em P&D.
“Vemos o Brasil como um polo gerador de talentos em P&D. Nos últimos dois anos obtivemos 12 patentes internacionais para o portfólio global da Lenovo, fruto dos projetos de software e hardware em execução no nosso país”, menciona o executivo.
Os investimentos são focados na nova arquitetura de TI, ou inteligência de rede de nuvem de ponta do cliente, e são equilibrados para otimizar entre retorno de curto, médio e longo prazo.
Parcerias
Para a prospecção das parcerias em andamento com a Lenovo, que agora visa a criação do centro de pesquisa em 5G, o IMD contou com a apoio da Sustentec, empresa especializada na captação de projetos de inovação, e também com a parceira da Fundação Norte-rio-grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec).
As primeiras ações conjuntas entre o IMD e a Lenovo incluem dois projetos de Pesquisa & Desenvolvimento ainda em andamento, o “Intelligence Network Manager System for 5G (InmS 5G) e o “5G Open Run Intelligent Controller (N Ric)”, ambos voltados ao estudo e desenvolvimento de soluções para otimização de redes 5G.
Para o coordenador de ambos os projetos, que atualmente continuam em andamento, o professor Augusto Venâncio, “o 5G é muito mais do que uma rede, é um ecossistema. Sua proposta é possibilitar a criação de um ambiente convergente, onde outras tecnologias podem ser desenvolvidas compondo, assim, um conjunto enorme de oportunidades bastante inovadoras”.
FONTE: Assessoria
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