A campanha de Bolsonaro decidiu fechar a torneira de recursos para boa parte dos candidatos da própria base do governo. Há uma insatisfação com a postura de muitos deles porque estariam “escondendo” o presidente. Em reunião realizada nesta semana em Brasília ficou definido que os postulantes a cargos no Congresso Nacional e governos de Estado do PL, PP e Republicanos serão monitorados. O responsável por comunicar a decisão à cúpula das legendas é Flávio Bolsonaro.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estava no encontro e concordou com a medida, mas não demonstrou empolgação. Valdemar se comprometeu a liberar montantes polpudos a parlamentares que migraram para sua legenda. O presidente do PP, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, não estava na reunião, mas já foi avisado.
Ficou decidido que os partidos devem liberar um terço do dinheiro agora e que só abrirão a torneira sobre o restante se os candidatos pedirem votos para Bolsonaro nas redes sociais e colocarem a foto do presidente no material impresso de suas campanhas.
A maior resistência está entre os candidatos do Nordeste, onde Lula tem melhor desempenho. O descontentamento da campanha também segue em alta com nomes como o do governador do Rio, Cláudio Castro, que foi cobrado a defender Bolsonaro.
Por Bela Megale/O Globo
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