Exibido há mais de meio século no Brasil, o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão estreia em 26 de agosto, pela manhã e à noite, aproximando os eleitores dos candidatos e de suas propostas. A propaganda dura até 29 de setembro e, em caso de segundo turno, voltará ao ar de 7 a 28 de outubro. O primeiro turno das eleições está previsto para ocorrer em 2 de outubro, e o segundo, em 30 de outubro.
Nesses períodos, as campanhas políticas irão brigar pela atenção dos espectadores com concorrentes que vão do programa de decoração da TV a cabo ao filme ou série recém-lançada no streaming, passando pelo podcast e o game online.
Com tanta oferta de entretenimento, as perguntas a serem feitas são: quem ainda assiste ao horário político? O tempo de TV de cada candidato vai ter algum impacto no resultado das urnas em 2022?
“Acho que só vai pegar se alguma coisa que o candidato fizer virar meme”, brinca o publicitário baiano Fernando Barros, fundador da agência Propeg e mentor de mais de 30 campanhas eleitorais, como a de Antônio Carlos Magalhães para governador da Bahia, em 1991, e a de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, em 1994.
O público da TV
“Só um público bem mais velho assiste ao horário eleitoral. Mas ele não deve ser desprezado, porque os jornalistas veem tudo. Então, qualquer coisa ali repercute nas outras mídias, na internet”, diz Átila Francucci, publicitário que também já dirigiu várias campanhas políticas.
O conteúdo direcionado nas redes
As redes sociais, ao contrário, serão, como em 2018, novamente a bola da vez. “O que vai acontecer é que as pessoas vão ver os destaques do que saiu no horário eleitoral por suas redes sociais”, diz Barros.
CNN Brasil
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