A campanha de Jair Bolsonaro protocolou há pouco no Supremo petição em que detalha as provas usadas para sustentar a denúncia de que rádios, especialmente no Nordeste, deixaram de veicular mais de 150 mil inserções de propaganda eleitoral do presidente.
Os advogados anexaram o relatório (com login e senha de acesso) de auditoria de mídia realizada pela empresa Audiency Brasil Tecnologia Ltda. Também fizeram um recorte amostral de oito rádios de municípios da Bahia e de Pernambuco, que deixaram de veicular 730 inserções da campanha de Bolsonaro — beneficiando indiretamente Lula (Veja tabela abaixo).
No documento enviado ao TSE, a campanha de Bolsonaro enviou um link no qual lista oito rádios e os horários em que teriam reproduzido mais inserções de programa eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que do atual mandatário da República, que tenta a reeleição.
As rádios citadas pela campanha são as seguintes:
- Bispa FM (Recife/Pernambuco)
- Hits FM (Recife/Pernambuco)
- Clube FM (Santo Antônio de Jesus/Bahia)
- Extremo Sul FM (Itamaraju/Bahia)
- Integração FM (Surubim/Pernambuco)
- Povo FM (Poções/Bahia)
- Povo FM (Feira de Santana/Bahia)
- Viva Voz FM (Várzea da Roça/Bahia)
Nesta amostragem, a campanha também se deparou com outro problema: excesso de inserções a favor do petista.
“Na mesma operação, pôde-se verificar a existência de uma situação ainda mais inquietante, que não se resume simplesmente a diferença entre quantidade de inserções, mas sim de um excesso de veiculação em favor da Coligação adversária, que diversas vezes extrapolou o limite de 25 inserções diárias.”
“A absoluta veracidade do que aqui exposto pode ser atestada, a título de amostragem, pela verificação da programação integral de um dia inteiro de cada uma das emissoras mencionadas na tabela acima. A mera verificação da programação normal das emissoras permitirá, a qualquer cidadão, identificar a aludida discrepância na veiculação das inserções”, diz a campanha.
Diante da acusação de Alexandre de Moraes de que a denúncia poderia ser enquadrada como tentativa de tumultuar o processo eleitoral, os advogados alegam que, antes de apresentarem a petição inicial, “os dados mencionados foram checados sucessivas vezes”.
Além disso, a campanha vai contratar uma terceira auditoria para proceder a checagem do trabalho já realizado. “Não bastasse, por extremo apego à fidedignidade das informações preliminares submetidas ao elevado crivo da Presidência, no momento do peticionamento administrativo, informa-se que estão em andamento tratativas negociais concernentes à contratação de uma terceira auditoria.”
Com informações de O Antagonista
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