O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu manter a Selic, a taxa básica de juros da economia, no patamar atual, de 13,75% ao ano, confirmando as apostas do mercado. Na reunião anterior, em setembro, o colegiado não alterou o índice, decretando o fim do mais longo ciclo de alta de juros de sua história.

Segundo o comitê, a decisão divulgada nesta quarta-feira (26) é compatível com a tentativa de puxar a inflação para perto da meta em 2023 e em 2024. Ela reflete a incerteza de cenários e o balanço dos riscos de variação da inflação futura maior que a usual. Também permite que o objetivo de assegurar a estabilidade de preços seja atingido, e implica na diminuição de flutuações do nível da atividade econômica e no fomento do pleno emprego.

Desde a primeira alta, em março de 2021, quando a taxa de juros estava na mínima de 2%, ela subiu 11,75 pontos percentuais, o maior choque de juros desde 1999, quando, durante a crise cambial, o BC elevou a Selic em 20 pontos percentuais de uma vez só.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.

R7

 

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