O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, admitiu em entrevista à Globo News que recebeu e aceitou o convite da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, para dialogar acerca de um apoio da legenda ao governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto no primeiro e no segundo turnos da eleição presidencial a legenda adotou a neutralidade.
“No segundo turno, uma parte expressiva do partido, diante da posição de neutralidade, apoio ou a candidatura do presidente Lula. Tem naturalidade a discussão e eventual posição do partido integrando a base do governo e apoiando a governalidade”, arguiu o ex-ministro.
Na sucessão federal, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, apoiaram Lula, assim como o senador reeleito na Bahia, Otto Alencar. O dirigente partidário garante que a adesão ou não ao próximo governo será discutida internamente no PSD.
Kassab diz que não vai pleitear cargos na terceira gestão de Lula. “Eu não apoiei o presidente eleito. Eu fiquei na posição de neutralidade, por ser presidente do partido e por entender que essa posição ajudaria a construir a unidade do partido após as eleições”, disse. Contudo, o presidente do PSD defendeu ser natural que aqueles que se aliaram ao petista participem de seu governo.
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