Enquanto o noticiário tenta se desdobrar para entender o tamanho do problema fiscal para os próximos anos de governo Lula, os ativos da bolsa de valores brasileira derretem. Segundo um levantamento feito pelo TradeMap, a pedido do Metrópoles, as maiores empresas já perderam R$ 215 bilhões desde o último dia 28 de outubro, véspera do segundo turno presidencial.
Embora a perda seja virtual e reflita mais o humor do mercado do que o próprio momento das empresas, o dinheiro que se desfez nas últimas semanas seria suficiente, por exemplo, para compor 71 Fundos da Amazônia.
A empresa que mais perdeu valor no período analisado foi a Petrobras (PETR4), com queda de R$ 64 bilhões em pouco mais de três semanas, segundo o levantamento. A petroleira sofre, primeiro, com a perspectiva pior para os juros e inflação, decorrente do problema fiscal, o que deve afetar sua capacidade de crescimento.
E, segundo, sofre com a incerteza sobre como o próximo governo, o maior acionista da Petrobras, vai gerenciar as suas decisões estratégicas – basta lembrar que o plano de controlar os preços dos combustíveis por meio do uso do caixa da empresa esteve na pauta do governo de Jair Bolsonaro e foi, de fato, praticado por Dilma Rousseff, em sua última gestão à frente do país.
O retrato do Ibovespa poderia ter sido pior, não fosse o fato de que a Vale (VALE3), maior empresa do índice de ações local, ganhou R$ 68 bilhões desde as eleições, por fatores que estão mais ligados a um plano desenvolvimentista da China para o setor de aço e construção civil.
Metrópoles
Poste seu comentário