O economista brasileiro Ilan Goldfajn foi eleito presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). É a primeira vez que o Brasil vai presidir a instituição, que financia grandes projetos de infraestrutura na América Latina.
Goldfajn foi eleito na primeira rodada de votação com 80% de apoio. Ex-presidente do Banco Central no governo Michel Temer, o economista foi indicado para a vaga pelo governo Jair Bolsonaro.
Na sexta-feira, o ex-ministro Celso Amorim, da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, disse à CNN que o novo governo “nem apoiava, nem vetava” o nome de Goldfajn. A sinalização foi vista em Washington como um apoio velado.
Na semana passada, o ex-ministro Guido Mantega chegou a mandar um e-mail para a ex-secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pedindo para adiar a eleição para a presidência do BID. O pedido provocou mal-estar e reação dentro da frente ampla que apoia Lula. Mantega deixou à equipe de transição.
Goldfajn é visto como um nome técnico sem ligação com o bolsonarismo. Guedes, inclusive, superou divergências pessoais para indicá-lo
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