Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O BC (Banco Central) aumentou de 2,7% para 2,9% a projeção de crescimento da economia brasileira em 2022, de acordo com números apresentados nesta quinta-feira (15) pelo RTI (Relatório Trimestral de Inflação).  De acordo com a autoridade monetária, a alteração na previsão de avanço do PIB (Produto Interno Bruto) foi influenciada pela revisão da série histórica, que resultou na elevação das variações anuais do primeiro semestre.

“A alta na projeção do PIB refletiu, sob a ótica da produção, elevação na previsão para o setor de serviços, parcialmente compensada por recuo nas estimativas para agropecuária e indústria”, destaca o BC. Com relação aos componentes domésticos da demanda agregada, a estimativa para a variação do consumo das famílias passou de 3,9% para 4,2%, a do consumo do governo de 0,7% para 1,6% e a da FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) de -0,4% para 0,7%.

Setores

O documento mostra que a projeção de crescimento da agropecuária foi alterada de estabilidade para recuo de 2,0%, o que reflete, principalmente, o resultado do terceiro trimestre. O movimento foi influenciado pelo impacto da quebra parcial da safra de soja, cultura com colheita concentrada nos dois primeiros trimestres do ano.

Na indústria, a projeção foi revista de 2,4% para 1,9%, com quedas nas previsões para todos os setores, com exceção da construção. Entre as revisões negativas, destaca-se a da indústria de transformação, que reflete desaceleração mais intensa do que a esperada no terceiro trimestre e indicadores já divulgados para o quarto trimestre.

Em serviços, a estimativa de crescimento em 2022 passou de 3,4% para 4,1%, influenciada pelo resultado do terceiro trimestre e pela revisão da série histórica. “O setor terciário tem mostrado resiliência, voltando a crescer em ritmo robusto no terceiro trimestre”, destaca o RTI.

R7

 

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