Simone Tebet

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) fez, hoje, seu discurso de despedida do Senado. A parlamentar foi candidata à Presidência República pelo MDB e depois apoiou, na campanha para o segundo turno, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O mandato de Tebet no Senado, que teve início em 2015, se encerra em fevereiro de 2023. Ela pode assumir um ministério no governo Lula, mas ainda não foi definida qual pasta será.

“Com muito orgulho, fui a primeira líder da bancada feminina do Senado. E aqui eu preciso pedir ao Brasil que me escute, que vocês possam, tomo a liberdade para dizer isso, dar mais atenção às mulheres que fazem política no Brasil. Vocês vão descobrir talentos, competência, ética, respeito e, acima de tudo, amor incondicional de mãe e de mulher por este país e estas pessoas”, disse.

“O que mais me incomodou como candidata à Presidência foi ouvir ‘como descobrimos você só agora, Simone?’, isso as mulheres, as meninas falando. Peço ao Brasil que deem um olhar especial para cada uma das deputadas, das senadoras, das parlamentares, das mulheres que fazem política no Brasil”, continuou.

Ela agradeceu ao MDB e pontuou que o Senado é um ambiente masculino, em que mulheres têm dificuldades de ocupar postos de relevância. No ano passado, o MDB anunciou inicialmente a candidatura da senadora à Presidência do Senado. Mas depois, de olho em vagas na Mesa Diretora e no comando de comissões, a bancada do partido abandonou Tebet para apoiar Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que venceu a disputa.

O nome da parlamentar, quando anunciado na corrida presidencial, também sofreu resistência de políticos tradicionais da legenda. Tebet agradeceu nominalmente ao presidente do MDB, Baleia Rossi, que participou da sessão do plenário do Senado. Colegas de bancada, Eduardo Braga (MDB-AM) e Marcelo Castro (MDB-PI), a parabenizaram, assim como Soraya Thronick (União-MS), que também concorreu à Presidência.

Tebet foi a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal da Casa. “Jamais imaginei chegar tão longe. Jamais imaginei ocupar espaços que durante dois séculos, 198 anos, sempre foram ocupados, dominados pelo timbre masculino […] Fui a primeira presidente da comissão mais importante desta Casa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Graças à bancada do meu partido, sempre e eterno meu partido MDB, por unanimidade fui a primeira mulher a liderar a maior bancada na época que é a nossa bancada do MDB”, afirmou.

Blog do Magno 

 

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