O pedido da RJ foi protocolado às 13h32 desta quinta-feira na 4ª Vara Empresarial da Comarca da capital fluminense. Os escritórios Basilio Advogados e Salomão Kaiuca Abrahão Raposo Cotta apresentam as razões do pedido. O valor da causa é de R$ 500 mil.
“Alguns poucos credores, sem pensar nos impactos para a coletividade, tomaram medidas precipitadas que culminaram no perigoso esvaziamento de caixa da companhia e, consequentemente, inviabilizaram a sua operação a curto prazo e uma solução negocial coletiva sem o remédio recuperacional”, citam os advogados. A empresa reconhece que enfrenta “uma gravíssima crise de liquidez” e reclama dos bancos.
“Todo o caixa da empresa vem sendo dragado por instituições financeiras detentoras de créditos contra o Grupo Americanas”, afirmam os advogados, acrescentando que a “sangria poderá ser estancada” com a concessão do benefício da recuperação judicial.
Os advogados reforçam o pedido da RJ para que possa ser apresentado um plano de recuperação “factível e favorável para todos, permitindo, até mesmo, que a companhia obtenha um DIP Financing no curso do processo”, em referência a uma modalidade de financiamento para empresas em recuperação judicial. A defesa da companhia cita que a varejista gera mais de 100 mil empregos diretos e indiretos e tem arrecadação de impostos de mais de R$ 2 bilhões em tributos por ano.
“Eventual quebra do Grupo Americanas resultaria no colapso da já tradicional e consolidada cadeia de produção no Brasil, gerando graves prejuízos para relevantes setores da economia brasileira e para os mais de 50 milhões de consumidores que se valem dos serviços prestados pelo grupo”, escrevem os advogados.
Em nota à imprensa, a Americanas disse que o grupo de acionistas de referência disse ao conselho de administração que “pretende manter a liquidez da companhia em patamares que permitam o bom funcionamento da operação”.
Bloomberglinea
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