A Polícia Federal busca provas de que a minuta do golpe circulou entre autoridades do governo Bolsonaro no final do ano. Investigadores receberam a informação de que a minuta do decreto que previa um intervenção na Justiça Eleitoral foi enviada por mensagens de celular a assessores do então presidente Jair Bolsonaro – e teria circulado entre membros do comitê da reeleição.

A informação é considerada vital nas investigações sobre a atuação do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, que deve depor à Polícia Federal hoje. A chamada minuta do golpe foi apreendida na residência do também ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.

O documento é visto pela equipe do presidente Lula como a prova de que o ex-presidente Bolsonaro cogitou, de fato, dar um golpe e reverter o resultado das eleições do ano passado, quando o petista venceu o então chefe do Executivo Federal.

Os advogados de Anderson Torres ensaiaram uma versão de que a minuta do decreto foi entregue ao ex-ministro da Justiça por um “popular”. Só que algumas informações do documento indicam que ele foi elaborado por quem estava acompanhando de perto o caso.

Em um trecho, é discutida uma possibilidade de se incluir ou não representantes da OEA (Organização dos Estados Americanos) na comissão que faria a intervenção no Tribunal Superior Eleitoral. Está registrado no texto que essa possibilidade poderia ser excluída a partir de avaliações sobre a melhor estratégia para decretar a intervenção.

Além disso, o texto cita a data da diplomação do presidente Lula no dia 12 de dezembro, antes prevista para acontecer no dia 19 de dezembro, mas que foi antecipada no final de novembro.

Para checar a informação, a PF tenta obter dados do celular de Anderson Torres disponíveis em “nuvens” de plataformas digitais. Anderson Torres não trouxe para o Brasil o seu aparelho de telefone móvel e será questionado porque deixou o equipamento nos Estados Unidos e será requisitado que ele o entregue aos investigadores.

Blog do Magno 

 

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