O vereador professor Francisco Carlos (Avante), líder da Oposição na Câmara, não descartou integrar a base do governo Allyson Bezerra (Solidariedade). Ele foi questionado sobre o assunto durante entrevista ao Jornal da Tarde, da Rádio Rural de Mossoró, desta quarta-feira.
- O senhor vai continuar na oposição ou poder ir para independência ou governismo?
“Eu acho que qualquer uma dessas possibilidades existe, de continuar na oposição, de eu me tornar um vereador independente ou até mesmo [de ir para a base governista], se for viabilizada uma discussão de uma convergência de um diálogo com o governo. Qual é a vertente política que tem se fechado à discussão? No plano nacional, União Brasil, que era DEM e PSL, fazem parte da base de Lula. Aqui no RN, acontece o mesmo na AL, com PL na base do governo. Do ponto de vista da praxe política, os políticos não tem se fechado a discutir projetos futuros”, argumentou.
Em dezembro passado, Francisco Carlos foi um dos vereadores de oposição que votou a favor da autorização de empréstimo, matéria que, à época, era prioridade do governo.
Alfinetada
Ainda durante a entrevista, de maneira velada e sem citar nomes, Francisco Carlos criticou a estratégia de vereadores da oposição ao citar que a educação municipal deve ser avaliada pelos seus índices educacionais e políticas públicas, e não com por problemas pontuais, “como bebedouro quebrado”.
“Eu não me coloco à disposição para discutir detalhes, como porta ou ventilador quebrado. Isso sempre existiu e continuará existindo, inclusive quando eu era secretário [de Cidadania]. Eu não vou estar discutindo a situação de um bebedouro. Eu quero discutir a qualidade da política pública, que é isso que interessa. A escola pode funcionar bem, apesar de não ter um refrigerador adequado. Essas coisas são meios, não são fins. O Executivo deve se dedicar a discutir os meios. O que temos de discutir é quais são os resultados, como analfabetismo, Ideb e avaliações de ensino”, destacou.
Na última semana, vereadores de oposição tem publicado nas redes sociais, como forma estratégica de fazer frente ao projeto Mossoró Cidade Educação, problemas pontuais em escolas.
Fonte: Blog Saulo Vale
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