Foto: TV Cultura/Luciano Piva

Morreu na manhã deste sábado (4) o cartunista Paulo Caruso. O artista de 73 anos estava em internado no Hospital 9 Julho, em São Paulo, e trabalhava no programa Roda Viva, da TV Cultura, e na revista Época. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Sua última aparição no programa de entrevistas foi em 16 de janeiro, mas Caruso não fez suas caricaturas do estúdio, como de costume. No dia da entrevista com o escritor e jornalista Jorge Caldeira, o chargista trabalhou em home office.

Nascido em 6 de dezembro de 1949, ele era ilustrador, chargista e músico, além de cartunista, atividade que compartilhava com seu irmão gêmeo, Chico Caruso. Se formou em Arquitetura na USP (Universidade de São Paulo), mas não exerceu a profissão.

Aos 18 anos, os irmãos começaram a trabalhar como chargistas de jornal, em 1969, e foi nessa época que o envolvimento com política se tornou inevitável. Paulo desenhou no Diário Popular e colaborou com jornais como Folha de S.Paulo e Movimento.

Nos anos 1970, fez parte da equipe de O Pasquim, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. Em 1988, passou a publicar a coluna Avenida Brasil na revista IstoÉ. Lançou um livro com o mesmo nome da seção em 1992, no qual reuniu charges políticas publicadas em jornais e revistas.

Também é autor de As Origens do Capitão Bandeira (1983), Ecos do Ipiranga (1984), Bar Brasil na Nova República (1986) e A Transição pela Via das Dúvidas (1989).

Em 1985, apresentou no Salão de Humor de Piracicaba sua banda montada só com cartunistas, unindo a música à paixão pelos desenhos. Recebeu prêmios como o de melhor desenhista pela Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA, em 1994.

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