O diretor do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (SETURN), Marcelo Passos, classificou como uma “guerra civil” a situação por que passa o Rio Grande do Norte, após mais um incêndio a ônibus ter sido registrado na manhã desta quinta-feira 16. Na visão do empresário, o poder público subestimou o poderio dos criminosos, que hoje são maiores que o Estado.

“Eu creio que o grande erro nosso ontem foi a gente calibrar a bandidagem para baixo, a gente calibrou errado, O governo tem que fazer um pacto com as forças armadas, trazer mais essa Força Nacional para cá, porque se calibrou ontem a bandidagem por baixo, a bandidagem hoje é maior do que o Estado”, declarou o diretor do Seturn em entrevista à 96 FM na manhã desta quinta-feira 16.

A declaração do empresário foi dada logo após o novo ataque ocorrido a um ônibus do sistema de transporte público de Natal, no bairro Guarapes, Zona Oeste de Natal. O crime ocorreu menos de uma hora após a frota começar a sair das garagens e mesmo após o Governo do Estado garantir, em reunião realizada ontem, a segurança nos corredores por onde passam os ônibus.

“De fato nós estamos vivendo um terror, nós estamos numa guerra civil na periferia”, lamenta Marcelo Passos. “Nós tivemos uma reunião ontem à noite com toda a cúpula da segurança, mas infelizmente a nossa largada hoje foi traumática e perversa. A situação é de muito caos, é um cenário de guerra com consequências econômicas terríveis”, observa.

O empresário cobrou um posicionamento mais firme também do prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), que ainda não se manifestou publicamente sobre os ataques a ônibus, prédios públicos e estabelecimentos privados que vêm sendo registrados em Natal desde a madrugada da última terça-feira 14. Marcelo defende que seja feito um pacto entre todos os poderes.

“O prefeito Álvaro precisa aparecer, a Câmara Municipal precisa também se fazer presente para que a gente possa, junto com o Estado, imediatamente reverter essa situação caótica, danosa, que é o Natal que nós jamais pensávamos que ia se consolidar como potiguares”, salienta. “O prefeito Álvaro precisa encarar essa situação junto com a governadora. Nós estamos vivendo um caos”, finaliza.

 

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