O governo federal anunciou nesta sexta-feira (17) uma redução na estimativa de crescimento do PIB brasileiro para 2023. A projeção, que era de alta de 2,10%, baixou para 1,61%. Os números foram divulgados pela Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Fazenda.

Segundo a pasta, “a redução levou em consideração os indicadores econômicos divulgados desde a última grade, que seguiram mostrando arrefecimento na margem, e os efeitos defasados mais intensos da política monetária sobre a atividade e mercado de crédito do que o anteriormente projetado”.

A Fazenda disse ainda que “as perspectivas de liquidez reduzida nos Estados Unidos e em outras economias também colaboraram para a revisão da projeção anterior”.

A previsão anterior tinha sido feita em novembro de 2022, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Ministério da Fazenda, a estimativa “minimizava os efeitos contracionistas da política monetária sobre o ciclo econômico e sobre o mercado de crédito”.

“Esses efeitos já foram parcialmente verificados durante o último trimestre de 2022, quando a economia teve retração de 0,2% na margem e as concessões de crédito passaram a desacelerar de maneira mais acentuada”, destacou a pasta.

Outra projeção alterada pela Fazenda foi a da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O ministério revisou o indicador anterior, que era de 4,6%, para 5,31%. De acordo com a pasta, “a revisão incorpora um cenário mais realista para os preços de bens e serviços monitorados, com reajustes influenciados pela inflação passada”, como tarifas de energia elétrica, produtos farmacêuticos e plano de saúde.

O governo informou que, nessa revisão, a recente reoneração da gasolina está sendo considerada. “Apesar de a medida provocar uma pequena elevação dos preços do combustível na bomba no curto prazo, auxilia o equilíbrio fiscal, contribuindo para redução estrutural da inflação, além de trazer benefícios para o meio ambiente.”

Na avaliação do ministério, as novas projeções para o PIB e a inflação “estão mais compatíveis com os resultados de modelos semiestruturais e com as expectativas de mercado”.

R7

 

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