Se algum turista desinformado aterrissar em Brasília na próxima semana, entre segunda e quinta-feira, ficará desalojado. Não há mais vagas em nenhum hotel da capital, nem mesmo nas cidades satélites. A lotação se dá em função da Marcha dos Prefeitos, promovida pela Confederação Nacional dos Municípios. Segundo a instituição, mais de 11 mil participantes se cadastraram para o evento.
Só de prefeitos, mais de 3,5 mil. Os demais fazem parte de grupos ligados às políticas do municipalismo, vereadores e convidados especiais. De viagem à China, o presidente não estará na marcha, nem tampouco o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que integra a delegação do Planalto.
Mas o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo e atual ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, já confirmou que fará uma palestra no evento. A pauta da marcha tem de tudo. Seu principal é que o Congresso promulgue a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 122/2015, que proíbe criação de encargos para os Entes sem a devida previsão orçamentária.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, diz que a tramitação da medida foi encerrada em 14 de julho do ano passado: “É importantíssimo promulgar, para ver se conseguimos estancar alguma sangria de crescimento de despesas”, afirmou.
Outro destaque listado é a PEC 253/2016, que, quando aprovada e promulgada, permitirá à entidade de representação de Municípios de âmbito nacional propor Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC). A Confederação entende que esse é um ponto fundamental para sua atuação em prol dos Municípios.
Em relação ao piso da enfermagem, especialistas da CNM apresentaram os últimos desdobramentos e alertaram que as medidas propostas, por ora, pelo Congresso não solucionam o problema. O impacto previsto, apenas para os Municípios e somente em 2023, é de R$ 10,5 bilhões. A CNM propõe um adicional de 1,5% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para dar condições aos entes locais de arcar com a nova despesa – que, no momento, está suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa tramita na PEC 25/2022.
Também constam na pauta a questão das creches, após tese de repercussão geral definida pelo STF, e as propostas de Reforma Tributária, discutidas no Congresso e sem definições. Também vai entrar em discussão a problemática gerada pelo último censo nos municípios. Só em Pernambuco, 64 municípios tiveram suas populações reduzidas e isso implica em redução dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Formado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), professor da rede publica.
Tenho experiência também em colégios particulares e sou especialista em Assessoria de Comunicação pela UNP.
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