O mês de maio terminou com 43,4% do volume médio de chuva abaixo do esperado para o período no Rio Grande do Norte. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo sistema de monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn).
Segundo a Emparn, o estado teve chuva média de 61,6 milímetros em maio. O esperado, no entanto, era de 108,7 mm. Os municípios mais chuvosos foram Goianinha (154,6mm) e Pedro Velho (147,2mm), ambos na região Leste do Rio Grande do Norte.
A previsão é feita baseada pela climatologia, que utiliza dados de postos pluviométricos com mais de 30 anos de registros (de 1963 a 2007). Diante desse cenário, o mês de maio deste ano foi considerado seco. “Além de índices baixos, distribuições temporal e espacial bastante irregulares, pode ter prejudicado o desenvolvimento da agricultura em algumas regiões do Estado, principalmente no Agreste”, explicou o chefe da unidade instrumental de Meteorologia, Gilmar Bristot.
O período abaixo de chuvas foi provocado por fenômenos como bloqueios atmosféricos, ausência de frentes frias e o deslocamento precoce da Zona de Convergência Intertropical (ZCTI) para o hemisfério Norte, segundo Bistrot.
“O bloqueio atmosférico que atuou em grande parte do mês de maio no estado favoreceu a ocorrência de um prolongado veranico que em algumas áreas superou 10 dias sem chuva”, citou.
Fenômeno El Ñino e menos chuvas
Segundo a Emparn, pesquisadores identificaram o início do fenômeno El Ñino, que é aquecimento anormal das águas do Pacífico, provocando alterações nas condições climáticas que não favorecem a ocorrência de chuvas.
Isso deve influenciar nas condições climáticas nos próximos meses, ocasionando períodos mais secos e quentes nas regiões Norte e Nordeste e chuvas mais intensas no Sul e Sudeste.
No RN,o fenômeno foi registrado no mês de maio dos anos de 2015, ocasião em que choveu menos 70%, em 2012, quando choveu 76,1% a menos e em 1998, quando choveu 77,2% a menos.
g1-RN
Poste seu comentário