Com o resultado melhor do que o esperado da inflação em maio, a expectativa entre os economistas é de que o Banco Central comece em breve a reduzir a taxa básica de juros, conhecida como Selic.
Há um consenso de que o Comitê de Política Monetária (Copom) realizará cortes de mais de 1 ponto percentual (p.p.) até o final do ano, mas os recentes números da inflação podem acelerar a decisão de quando iniciar esse ciclo.Após o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os analistas no mercado financeiro indicam que o primeiro corte pode ocorrer já na reunião de agosto do Copom.
“As medidas subjacentes da inflação também melhoraram, reforçando a expectativa de corte de juros em agosto”, escreveu o Bank of America em relatório a clientes. Atualmente, a taxa básica de juros, Selic, encontra-se em 13,75%, atingindo o maior nível desde 2016. Nas últimas seis reuniões, o Copom optou por não fazer alterações na taxa de juros.
Juros não deve diminuir em junho
No Brasil, é adotado o regime de metas, no qual a taxa de juros é utilizada como instrumento de política monetária pelo Banco Central (BC) com o objetivo de manter a inflação dentro da meta estabelecida. Uma taxa de inflação mais baixa, portanto, proporciona uma maior margem para que a autoridade monetária possa reduzir os juros.
Na quarta-feira (7), foi divulgado que o IPCA registrou uma variação de 0,23% em maio. Esse resultado ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 0,33%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice alcançou 3,94%, marcando a menor taxa de inflação desde outubro de 2020.
A próxima reunião do Copom está agendada para o final deste mês, porém, um corte de juros em junho é considerado inesperado. Até o momento, a expectativa é de que seja emitido um comunicado para indicar uma transição. Caso as projeções de inflação continuem diminuindo, esse cenário também pode influenciar a magnitude dos cortes promovidos pelo Copom.
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