Governo busca ajustes no arcabouço para evitar corte de R$ 40 bi no Orçamento de 2024
13 de junho de 2023
Postado às 19:58
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O Governo discutirá no Senado Federal alterações na proposta de arcabouço fiscal para tentar evitar que seja necessário cortar R$ 40 bilhões em despesas na proposta de orçamento federal de 2024, a primeira enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, Paulo Bijos.
“A discussão [no Senado Federal] envolverá o ajuste da base [de gastos para 2024]. Pode ser que a outra discussão seja uma despesa condicionada. É uma preocupação do Ministério do Planejamento que esse ponto de partida esteja o mais equacionado possível em prol do novo arcabouço”, declarou o secretário de Orçamento Federal.
O bloqueio de R$ 40 bilhões em gastos, na proposta orçamentária, se daria por conta de alterações na proposta feitas pelo relator do projeto na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-AL), que foram acolhidas pelos parlamentares. Após passar pela Câmara, o texto foi enviado ao Senado Federal, onde também pode ser alterado – o que demandaria nova aprovação pelos deputados.
Cajado alterou, dentre outros pontos, o formato de crescimento das despesas para 2024, que havia sido fixado pelo governo no limite superior da banda: com uma alta real (acima da inflação) de 2,5%, independentemente do desempenho da arrecadação. No substitutivo, o relator passou a condicionar esse espaço extra ao desempenho da receita.
Além disso, o relator alterou o período da inflação que será considerado para corrigir as despesas federais. O substitutivo passou a considerar a variação do IPCA em doze meses até junho, e não mais a projeção para todo o ano.
Ambas as alterações, segundo cálculos do Ministério do Planejamento, levariam o governo a ter de cortar R$ 40 bilhões em despesas na proposta de orçamento de 2024. Esses gastos poderiam ser autorizados somente no próximo ano, em janeiro e maio (por meio de crédito suplementar). Mas, até lá, o orçamento ficaria sem dotações para despesas livres dos ministérios nesse valor.
O secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, explicou que alguns pontos estão pressionando os gastos livres dos ministérios. O principal deles é o retorno da regra de correção das despesas com saúde e educação com base na alta da arrecadação (que vigorava antes do teto de gastos), algo que a área econômica já indicou que quer mudar no futuro.
Formado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), professor da rede publica.
Tenho experiência também em colégios particulares e sou especialista em Assessoria de Comunicação pela UNP.
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