Analistas econômicos brasileiros avaliam que as incertezas econômicas brasileiras se dissiparam. A inflação está em queda e o PIB pode até superar os 2% este ano. Porém, o início do ciclo de corte da taxa básica de juros só deve ocorrer em agosto. Essa é a avaliação, por exemplo, da Associação Brasileira de Bancos (ABBC).

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do BC começa na terça-feira (20). Na quarta, os diretores do BC divulgam, após o fechamento dos mercados de ações e do câmbio, a decisão sobre a Selic será divulgada.

Falando para a CNN Brasil, a professora de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Julia Braga aponta que, no início do ano, o aperto monetário do Federal Reserve (FED) e a crise bancária dos Estados Unidos influenciaram as expectativas no Brasil e não estão mais presentes agora. “Ao que tudo indica, o Banco Central vai começar a sinalizar uma queda a partir da próxima comunicação e realizar de fato a queda a partir de agosto”, afirma.

Outro dado que alterou o ambiente econômico foi a melhora na nota da dívida brasileira pela agência de rating Standard & Poor’s. Para Paulo Gala, professor da FGV e Banco Master, o mais importante agora é que a autoridade monetária reconheça, no comunicado pós reunião do Copom, que o cenário para a inflação está melhor. “O Banco Central nunca corta juros sem avisar antes”, alerta.

 

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