O Brasil perdeu posições globais em termos de competitividade pelo quinto ano consecutivo. Em 2023, o país ficou na 60ª posição do anuário produzido pelo International Institute for Management Development (IMD) que avalia o grau de atratividade e de capacidade de geração de negócios. Com isso, o Brasil ficou à frente apenas da África do Sul (61ª), Mongólia (62ª), Argentina (63ª) e Venezuela (64ª).
Esse é o décimo ano que o país fica na lanterna do ranking, produzido há 35 anos pelo IMD. No ano anterior, ocupava a 59ª posição. Contribuiu para a queda brasileira, em 2023, a inclusão de mais um país na pesquisa, o Kuwait.
No relatório de 2023, fatores de competitividade de 64 economias foram avaliados a partir da análise de indicadores nacionais e da percepção de 6,4 mil executivos entrevistados pelos pesquisadores. No Brasil, o levantamento com o setor privado foi feito pela Fundação Dom Cabral (FDC).
A pesquisa mostra que o desempenho da economia brasileira piorou em três dos quatro grandes grupos analisados: Eficiência dos Negócios (de 52º para 61º), Eficiência do Governo (de 61º para 62º) e Infraestrutura (de 53º para 55º). O único fator que teve melhora foi o de Desempenho Econômico, em que o Brasil saltou da 48º posição para 41º.
Complexidade tributária
Cada um dos quatro grupos principais analisados é composto por cinco subfatores, que compreendem 335 critérios de dados e pesquisas com executivos. Entre os empresários ouvidos, o dinamismo econômico foi considerado o principal fator-chave de atração para o Brasil. A pesquisa também destaca que o país teve bons desempenhos em empregabilidade e preços.
No grupo de Eficiência do Governo, em que o Brasil pior ficou posicionado, pesaram negativamente para o país fatores como: as barreiras tarifárias (62ª); o custo de capital (63ª); leis trabalhistas (62ª); e o suporte da legislação para criação de empresas (62ª).
O Globo
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