Dados do Censo Demográfico 2022, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o Brasil ultrapassou a marca de 200 milhões de habitantes. Entretanto, a taxa de crescimento anual é a menor desde 1872, quando foram iniciados os registros.
A taxa ficou em 0,52% ao ano, permanecendo abaixo de 1% pela primeira vez. Além disso, está em queda desde a década de 1960, quando era de 2,99% ao ano –e também foi a maior da história.
Especialistas ouvidos pela CNN avaliaram os impactos e ponderaram os motivos para a diminuição no ritmo de crescimento da população brasileira, destacando os desafios que o movimento traz para a administração pública.
O professor Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, destacou que outras edições do Censo apontavam a diminuição da taxa geométrica de crescimento da população, mas o que surpreendeu neste levantamento foi a queda acentuada no percentual.
Consequências
Ele avalia que o problema desse cenário de redução da população, especialmente a jovem, é um possível comprometimento da capacidade produtiva do país, com impactos inclusive no âmbito das contas públicas.
Mariano pondera que a transição demográfica nos países ricos foi muito mais lenta do que a observada no Brasil. Além disso, que o país não conseguiu avançar no que se refere ao desenvolvimento econômico e, especialmente, em relação à diminuição das desigualdades sociais.
CNN Brasil
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