O mês de junho deste ano registrou o maior número de queimadas dos últimos 16 anos na Amazônia e no Cerrado. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 3.075 focos de incêndio na Floresta Amazônica, número que só é menor do que os 3.519 contabilizados no mesmo mês de 2007.
Segundo o Inpe, o primeiro semestre de 2023 também apresentou aumento da quantidade de queimadas em relação ao mesmo período do ano passado na Amazônia. Foram 8.344 registros, ante 7.533 em 2022, um crescimento de dez por cento no bioma.
O Cerrado brasileiro também apresentou aumento em junho, mas menor do que o crescimento na Amazônia. Em 2022, haviam sido 4.239 focos de incêndio no segundo maior bioma do Brasil e savana mais biodiversa do mundo. No mesmo mês deste ano foram 4.472 ocorrências, um crescimento de 5%. Os dados para o mês também só não são maiores do que os registrados em 2007.
Os resultados deste ano também são preocupantes porque o auge do período de estiagem na região Norte do país ainda não chegou. Além disso, a previsão de especialistas é que o número de incêndios florestais cresça ainda mais com a atuação do El Niño.
– Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de chuvas fortes e secas em determinados locais do mundo – disse Michelle L’Heureux, cientista do clima do Climate Prediction Center.
Maio deste ano pode ter sido uma antecipação do que virá. O quinto mês de 2023 foi classificado como o terceiro maio mais quente já registrado, de acordo com cientistas dos Centros Nacionais de Informações Ambientais da NOAA. Tanto a América do Norte quanto a América do Sul tiveram o maio mais quente já registrado.
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