A ida de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, para o Partido Liberal (PL) é dada como certa por líderes do partido. A informação foi confirmada ao Metrópoles após reunião da legenda em Brasília, nesta quinta-feira (6/7).
Segundo interlocutores, o chefe do Executivo estadual é peça chave para a articulação bolsonarista no estado. Caso a filiação de Zema se concretize, o PL terá representantes de peso nos três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Além disso, Zema é um importante “ativo eleitoral”, caso Jair Bolsonaro (PL) continue inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na manhã desta quinta-feira (6/7), o PL convocou uma reunião com as bancadas federais, estaduais e governadores do partido. Também participaram do encontro o ex-presidente Bolsonaro; o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto; e outros aliados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos). Além de Zema, o governador de São Paulo também foi convidado a se filiar à sigla.
Segundo Costa Neto, o encontro foi marcado para debater temas de interesse do partido, como o posicionamento na votação da reforma tributária, em discussão no plenário da Câmara, e os próximos passos após a condenação de Bolsonaro pelo TSE.
Reforma tributária
No mesmo encontro, a reforma tributária em debate na Câmara dos Deputados gerou um impasse com Tarcísio, governador de São Paulo. O ex-ministro de Bolsonaro foi alvo de hostilidades de membros do partido.
Tarcísio, que havia declarado apoio à reforma na quarta (5/7), já vinha sendo alvo de críticas de bolsonaristas nas redes sociais. Ele havia se reunido para conversar com Bolsonaro e aliados para expor sua posição. Toda a bancada do partido da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) compareceu à reunião, após convocação do partido.
Ao começar a falar, no entanto, o governador foi interrompido pelos deputados Luiz Philippe de Orleans e Bragança e Mario Frias, ambos eleitos por São Paulo. O presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, usou o microfone para garantir que Tarcísio concluísse sua fala e puxou uma salva de palmas ao governador no fim do discurso.
Já Bolsonaro disse que Tarcísio “com todo o respeito, não tem experiência política”, e que também havia ficado “chateado” com ele, como mostra vídeo obtido pelo Metrópoles.
Metrópoles
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