Uma rede de internet de 3.000 quilômetros (1.860 milhas) que liga Pequim ao sul, projeto que o país está divulgando como seu mais recente avanço tecnológico, foi construída pela Huawei e a China Mobile. As duas empresas se uniram à Universidade Tsinghua e à provedora de pesquisa Cernet.com para construir o que eles afirmam ser a primeira rede de internet do mundo a alcançar uma largura de banda “estável e confiável” de 1,2 terabits por segundo, várias vezes mais rápida do que as velocidades típicas ao redor do mundo.

Os testes começaram em 31 de julho e desde então passaram por vários testes que verificaram esse marco, disse a universidade em comunicado. A Tsinghua, alma mater do presidente chinês Xi Jinping, está promovendo o projeto como uma novidade na indústria, construída inteiramente com tecnologia nacional, e destaca a Huawei em seu comunicado.

A empresa chinesa causou impacto em agosto ao lançar um smartphone 5G com um processador sofisticado feito na China, provocando comemorações na mídia estatal e social chinesa. O episódio também gerou debate em Washington sobre se a administração de Joe Biden foi longe o suficiente nas tentativas de conter as conquistas tecnológicas chinesas.

A rede “é operada com base em tecnologias-chave de propriedade doméstica da China”, disse a agência oficial de notícias Xinhua em relatório publicado no site da Tsinghua. A agência Bloomberg não verificou a autenticidade das afirmações. Em fevereiro, a Nokia —rival global da Huawei— anunciou que alcançou 1,2 terabits por segundo em distâncias “metropolitanas” de cerca de 118 quilômetros em uma rede óptica na Europa.

 

 

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