Um levantamento divulgado nesta terça-feira (28) mostra que 68% dos brasileiros reprovam o veto total do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia que mais empregam. De acordo com a pesquisa, feita pela Real Time Big Data a pedido da Record, 62% gostariam que o Congresso Nacional derrubasse o veto de Lula.
Com a decisão do petista, a medida fiscal, em vigor desde 2011, termina em dezembro deste ano. Os segmentos afetados calculam que 1 milhão de empregos correm risco caso a extensão não seja sancionada.
A pesquisa ouviu 1.200 pessoas, entre 25 e 27 de novembro. Os resultados têm margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O perfil etário, educacional e de gênero dos entrevistados seguiu a proporção da população brasileira.
Quando perguntados se aprovam o veto de Lula à desoneração, 68% disseram reprovar a decisão do presidente e 17% concordaram com a decisão, enquanto 15% declararam não saber ou não quiseram responder.
Quanto ao desejo de o Legislativo derrubar o veto do presidente, 62% disseram que gostariam que o Congresso tomasse essa decisão, enquanto 19% afirmaram que “não”, mesma proporção de quem não soube ou não quis responder.
Questionados a respeito de o governo conceder benefícios fiscais para empresas com objetivo de estimular a geração de empregos, 74% dos entrevistados mostraram-se favoráveis, e 17% contrários. Outros 9% alegaram não saber ou não quiseram responder.
Metade dos entrevistados disse acreditar que o desemprego vai aumentar no Brasil caso o veto de Lula seja mantido pelo Congresso. Para 32%, a medida não terá esse efeito. Outros 18% não souberam ou não quiseram responder.
Entre os participantes da pesquisa, 63% creem que, sem a desoneração da folha, as empresas vão ter mais dificuldades em pagar salários e contratar funcionários. Outros 20% manifestaram-se de modo contrário, e 17% não souberam ou não quiseram responder.
O veto de Lula à medida não chegou a 44% dos entrevistados. Outros 52% ouviram falar da decisão do petista, e 4% não souberam ou não quiseram responder.
R7
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