Rafael Motta foi o primeiro pré-candidato a prefeito de Natal a participar do ciclo de entrevistas – Foto: Amanda Vieira
Pré-candidato a prefeito de Natal, o ex-deputado federal Rafael Motta (Avante) afirmou que a rejeição a também pré-candidata Natália Bonavides (PT) “é uma realidade” e que, segundo ele, “é algo que qualquer pessoa entende lendo as pesquisas”. O ex-parlamentar apontou que em todos os levantamentos realizados até agora a petista tem liderado no índice de rejeição.
“Pesquisa é um retrato momentâneo, mas existe uma rejeição e se colocar todas as pesquisas quem lidera esses números de rejeição é a pré-candidata Natália Bonavides”, avaliou Rafael Motta, que rebateu críticas por outros posicionamentos nesse sentido: “Se não quiserem levar pra outro tipo de leitura, e porque não aceitam esse tipo de comentário”.
Motta abriu a série entrevistas do Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal, com os pré-candidatos que pretendem disputar a Prefeitura de Natal nas eleições deste ano e lembrou o fato de Natália ter votado em Carlos Eduardo para senador nas eleições de 2022. “Isso mostra que quem vai administrar é o partido e não a pessoa eleita”, disse. E assegurou: “não faço política tradicional. Estou para trazer ideias e propostas para a população”.
Motta confirmou, ainda, que chegou a conversar com Carlos Eduardo, mas o diálogo não avançou porque “eu disse que queria ser o candidato”. Quanto a deputada do PT, disse que o diálogo foi para um entendimento com ela. “Uma conversa para me acalmar e para ficar ‘preso’ ao PSB [legenda que ele presidiu recentemente]”, disse.
O ex-deputado também revelou que o “PSB fez uma negociata nacional onde se trocaria cidades por cidades” e citou o caso de Curitiba e Natal. “Não sou obrigado a seguir algo nacional que eu não acredite”, destacou.
Na opinião de Motta, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann foi “deselegante” ao cumprir agenda no Rio Grande do Norte e não ter chamado o “PSB para conversar”. “Percebi que seria emparedado [para apoiar Natália Bonavides]. Isso foi uma comunicação foi nas entrelinhas”, disse.
O pré-candidato do Avante avisou que continua alinhado com a pauta do presidente Lula, mesmo depois de ter deixado o PSB, mas admite que tem “posturas econômicas mas voltadas ao centro, mais liberais de certa forma, como a privatização do que não está funcionando, mas sou contra a privatização de áreas estratégicas, como energia, que é estratégica para qualquer país”.
Rafael Motta disse que, caso seja eleito, tem o compromisso de concluir obras que estão em andamento como a engorda na praia de Ponta Negra e a construção do hospital municipal de Natal. “A prioridade é concluir o que está em construção”, pontuou. O ex-parlamentar lembrou que fez parte da Frente Parlamentar de Obras Inacabadas e foi autor de uma lei municipal para proibir inauguração de obras inacabadas, “justamente por esses pleitos eleitorais terem uma certa massificação”.
Segundo Motta, sua prioridade “é acabar o que está em construção, não é porque se está na oposição ou situação que não deve tocar aquela obra. Primeiro é zerar a pauta de obras. Na opinião dele, o Plano Diretor de Natal é um “plano que agrada” e recordou que o documento ficou quase “20 anos parado”. Para Motta, o Plano tem proporcionado avanços a Natal.
Rafael Motta não se coloca como candidato de oposição e nem deverá sair em defesa da gestão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), de quem foi secretários municipal de Esportes há três meses.
Tribuna do Norte
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