Usado para medir o risco de investimentos, o risco-país do Brasil teve a 2ª maior alta dentre os integrantes do G20 –grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia. O indicador subiu 33 pontos desde janeiro, acumulando 166 pontos no fechamento de sexta-feira (21).
Nos últimos anos, o risco Brasil atingiu seu ponto mínimo em fevereiro de 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Ficou na casa de 90 pontos –abaixo dos 3 dígitos.
O risco-país é calculado pelo CDS (Credit Default Swap) de 5 anos. É usado para medir o risco de calote na contratação de um empréstimo. Os dados foram enviados ao Poder360 com exclusividade pela Guide Investimentos. Alguns históricos foram obtidos por meio de consultas na Investing.
Os números indicam uma maior desconfiança do mercado financeiro nas perspectivas de médio e longo prazo para a economia. Para esse grupo, não basta ter resultados econômicos favoráveis sem uma perspectiva de estabilidade no futuro.
O patamar atual do risco Brasil é o maior desde novembro de 2023. Portanto, o mais elevado de 2024. A piora se explica especialmente pela incerteza da política fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Argentina lidera o ranking de variação entre os países do grupo, com um indicador em patamar muito mais elevado do que os outros países. O risco dos hermanos aumentou em 1.133 pontos ao longo do ano.
REVERTE RESULTADO DE 2023
O Brasil havia registrado um bom desempenho em 2023, quando o risco-país brasileiro recuou 121 pontos. Agora, parte desse resultado positivo foi perdido.
O topo do ranking de piora no período foi ocupado por Estados Unidos (+23 pontos) e Reino Unido (+8 pontos).
3º PIOR DA AMÉRICA LATINA
O desempenho do Brasil em 2024 na região só não é pior que o da Argentina e o da Colômbia (+47 pontos), que não integra o G20.
Poder 360
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