A Petrobras teve o pior resultado líquido no 2º trimestre de 2025 entre as 10 maiores companhias abertas do setor de petróleo e gás do mundo. De abril a junho, a estatal brasileira registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões, o equivalente a US$ 344 milhões, de acordo com o fechamento do câmbio no trimestre encerrado.
No grupo das maiores petroleiras do mundo –com exceção das chinesas, que não são abertas–, a Petrobras e a BP (British Petroleum) foram as únicas que não tiveram lucro e sim prejuízo. A britânica, porém, teve resultado negativo menor que a brasileira, de US$ 129 milhões.
Na outra ponta, o melhor resultado foi o da Saudi Aramco, maior companhia global do setor. A estatal de petróleo saudita teve receita de US$ 116 bilhões e US$ 29 bilhões de lucro líquido. Em 2º aparece a americana ExxonMobil, com resultado líquido positivo de US$ 9,2 bilhões, em 3º a britânica Shell, com lucro de US$ 6,3 bilhões.
Com exceção da Aramco e da ExxonMobil, todas as demais companhias tiveram redução nos lucros no trimestre na comparação com o 1º trimestre de 2024. Nos balanços, uma justificativa comum foi a desvalorização do petróleo ante ao período anterior e queda nas vendas de derivados.
A francesa TotalEnergies, por exemplo, viu seu lucro cair de US$ 5,4 bilhões para US$ 3,8 bilhões. Já o resultado da norueguesa Equinor reduziu de US$ 2,7 bilhões para US$ 1,9 bilhão no 2º trimestre.
Mais gastos
A petroleira gastou mais. As despesas operacionais cresceram 69,9% em 1 ano e encerraram o último ciclo em R$ 26,5 bilhões. Outra despesa que pesou sobre o caixa da Petrobras foi o acordo feito em junho para encerrar processos administrativos e judiciais no Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais) que inclui o pagamento de R$ 19,8 bilhões.
Para cumprir o acordo, Petrobras desembolsou uma entrada de R$ 3,57 bilhões ainda em junho. E ainda repassará à União mais 6 parcelas mensais e sucessivas de R$ 1,38 bilhão de julho a dezembro.
Os outros R$ 6,65 bilhões foram pagos por meio de depósitos judiciais já realizados nos processos e R$ 1,29 bilhão veio de créditos com o Fisco referentes aos prejuízos fiscais de subsidiárias da companhia.
Poder 360
Opinião dos leitores
Poste seu comentário