A denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai adiar as mudanças da reforma ministerial de Lula (PT). A avaliação de aliados do presidente é de que o petista vai esperar o noticiário da denúncia esfriar antes de fazer qualquer modificação em seu time na Esplanada. As informações são do colunista Lauro Jardim.
A denúncia serve como uma espécie de pretexto para Lula, que costuma ter dificuldade para resolver mexidas em seu governo – é assim desde o seu primeiro mandato. Reformas ministeriais com Lula são sempre sinônimos de novela. Há a possibilidade de o presidente anunciar Gleisi Hoffmann como ministra no encerramento, sábado, da festa de 45 anos do PT. Mas não passará disso.
Hoje, em pronunciamento ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, Lula disse estar “contente” com o desempenho da sua equipe e que eventuais mudanças no governo são íntimas dele. O presidente afirmou ainda que “muda quando quiser e quem quiser”.
A denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e seus aliados por tentativa de golpe lidera os assuntos mais comentados nas redes sociais desde ontem à noite, conforme mostram dados inéditos da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
Ao todo, o episódio soma 355 mil mensagens publicadas no X (antigo Twitter), tendo mobilizado 95 mil usuários. Dos cinco tópicos que mais agregaram publicações no período, quatro estão conectados a Bolsonaro: o líder é “Grande Dia”, uma ironia com um dos jargões do próprio Bolsonaro. Depois, vêm as hashtags “Bolsonaro na Cadeia”, “Vai Ser Preso” e “Bolsonaro Preso”.
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