As tratativas para a Federação entre União Brasil e PP estão avançadas em Brasília. Nesta terça-feira (19), a Executiva Nacional do Progressistas se reuniu e aprovou o prosseguimento dos ajustes para concretizar a Federação. Dentre os assuntos conversados entre deputados federais, senadores e presidentes de diretórios estaduais, a apresentação sobre a divisão dos diretórios entre os dois partidos nos estados foi aprovada. De acordo com o que foi apresentado na reunião, no Rio Grande do Norte o União Brasil deve ficar com o poder de decisão.
Na Câmara Federal, a bancada potiguar é formada por dois deputados do União Brasil, Benes Leocádio e Carla Dickson; e um do PP, João Maia, que também é presidente estadual da legenda.
Os três apresentam diferentes perfis: moderado, direita conservadora e de alinhamento com o governo Lula, respectivamente.
Na Assembleia Legislativa, cada partido tem um deputado. O União Brasil tem Taveira Júnior, que faz oposição ao PT. Já Neilton Diógenes, do PP, é alinhado com as pautas do Governo Fátima.
Além do presidente do União Brasil, José Agripino, que faz oposição aos governos estadual e federal, o partido de Antônio Rueda tem em Paulinho Freire (UB), prefeito da capital, a mesma posição. Allyson Bezerra (UB), prefeito de Mossoró, costuma manter afastamento em relação ao posicionamento político e seria um dos que não ficariam desconfortáveis em subir ao palanque opositor aos governos vigentes.
Se mantido entendimento discutido na reunião pelo Progressistas, a tendência é, no estado, prevalecer a posição do União Brasil. Caso alguns dos nomes não se sinta confortável com os possíveis novos entendimentos e o posicionamento político-eleitoral para 2026 da Federação no Rio Grande do Norte, há a opção de buscar a janela partidária, o que aponta possibilidade de mudanças de legendas de algumas lideranças no Estado.
Com a federação entre PP e União Brasil, os dois partidos passam a ter um peso ainda maior na política do Rio Grande do Norte. Juntos, governam 48 prefeituras, incluindo as duas maiores do estado, Natal e Mossoró, contam com três deputados federais e três deputados estaduais e têm lideranças estratégicas em todas as regiões potiguares.
Diante desse cenário, é inevitável que a federação assuma o protagonismo na sucessão estadual, independentemente dos nomes que já estão colocados na disputa. Comandando os partidos no estado, João Maia (PP) e José Agripino Maia (União Brasil) terão papel decisivo na construção do projeto de poder para 2026 e estarão no centro das articulações políticas.
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